Um amigo, chamado Carlos, me contou recentemente que há alguns anos ele estava com um problema com o seu filho de 10 anos. O mesmo estava com dificuldades em português e outras matérias na escola, mesmo com ele ajudando o menino no apoio escolar. Na época, ele namorava uma professora que dava aulas para crianças especiais e que vou chamá-la de Ana. Recebendo Ana um dia em visita à sua casa, ele desabafou com a mesma a sua aflição em relação ao filho.
Ana ouve atenta a sua dificuldade e quando ele termina ela lhe pede um determinado livro. Em sua sala, ele tinha uma estante com alguns livros e alguns pertences e apetrechos misturados a eles. No entanto, dirigiu-se ao quarto onde se encontrava um móvel com gavetas. Abrindo uma delas revirou por uns 5 minutos até achar o livro que Ana pedira. Voltando à sala ele dá o mesmo para Ana. Ela agradece e faz um comentário a respeito do que estava observando.
Faltava para o menino um estímulo para que ele começasse a ler e melhorasse o seu conhecimento. O livro tem que estar a mão, ou seja, ao alcance rápido e fácil da consulta dos títulos, do visual das capas e do seu conteúdo.
O que deveria fazer? Simples! Retirar da estante tudo o que não fosse livros; colocar na estante todos os livros que se encontravam guardados em outros compartimentos da casa e colocar uma mesa pequena com uma luz sobre ela para que fosse criado ali um ambiente para leitura, já que não havia um quarto na casa que pudesse ser usado para este fim. Convidou-o a fazer esta experiência para ver o que ocorreria. Carlos refletindo na experiência nova providenciou tudo como a sua namorada lhe sugeriu. O seu filho menor passou a fazer diariamente tarefas da escola na mesa e se aproximou da estante para começar a folhear alguns livros que atraíram a sua curiosidade. A consequência natural foi a melhora em todas as matérias.
Porém, a surpresa maior, foi o filho mais velho de Carlos que tinha 24 anos e que pouco se interessava em ler. Em uma certa noite, Carlos o viu pegar um jornal que comprara depois do trabalho e, após o jantar, sentou-se à mesa de estudo na sala, acendeu a luz e começou a ler o mesmo. O fato repetiu-se por dias seguidos até que o seu filho mais velho passou a ler livros de grosso volume e os lê até hoje.
Esta experiência de Carlos deve ser seguida por todos nós. Colocar os livros em uma estante e nos aproximarmos mais deles. O acesso fica fácil. Logo observamos os títulos, visualizamos a capa e lemos o conteúdo. Recebemos um estímulo natural até para consultá-los diariamente, desenvolvendo o hábito da leitura.
O conhecimento liberta a criatura humana da escravidão da ignorância.
Sugestão: crie na sua cidade, mesmo que seja na garagem de um parente, uma estante de livros buscando doações , e estimule as pessoas a trocarem livros semanalmente, ou seja, a pessoa lê um livro e vai trocá-lo por outro, deixando o que leu e levando outro.
Assista a este vídeo: