Estamos vivendo um momento muito difícil em relação à família como célula mater da sociedade. Com o passar dos anos, a comunicação veio se desenvolvendo através dos meios disponíveis que são: jornal, livro, revista, radio, televisão e Internet. Com a liberdade de expressão tolhida por situações política e socioeconômica, veio o descontrole da mesma em sua mais sensivel forma de comunicação, seja ela verbal, auditiva ou visual. Confundiu-se liberdade com liberalidade e os meios de comunicação perderam o controle sobre o que se divulgava. Com o passar dos anos, a família foi se desestruturando devido á necessidade de “adaptação” ao novo momento. Passou-se a vigorar um desamor de tal intensidade, que apenas valores materiais motivados pelos meios de comunicação, visando o lucro comercial ou interesses pessoais, veio de encontro como estímulo desta desagregação. Devido à ausência de um controle, do poder público, sobre o que se deveria ser divulgado ou não que viesse a afetar a estrutura da família, sem ser confundido com censura, foi “jogada” a decisão do sim ou do não, do certo ou do errado nas mãos dos seus representantes legais. Porém, como não haveria de ser, os pais e mães, representantes desta estrutura, foram se afetando, também, e perdendo o controle sobre a mesma. Hoje, o resultado do desamor é a violência excessiva de pais para com os filhos e viceversa. Com o passar do tempo, vimos, também, a cultura ser afetada de forma tão cruel, a se tornar uma força de expressão de palavras de baixo escalão, que vem afetar principalmente o jovem através do meio de comunicação musical.
O resgate do sentimento do amor, deverá ser trilhado de forma re-educativa, através do diálogo e da compreensão no espaço de convivência do lar. A re-educação, como há de ser, deverá trilhar o seu caminho primeiro pelos pais e depois pelos filhos, como ordem natural. Os pais possuem o direito e o dever de buscarem re-organizar o amor dentro do seio familiar, para que possam, através do diálogo com os seus filhos, encontrar o caminho mais viável para se amarem incondicionalmente. O amor não deve ser visto aqui, como uma citação religiosa e, sim, como uma realidade a existir no seio de uma família que pretende ser verdadeiramente a célula mater de uma sociedade.