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terça-feira, 27 de julho de 2010

Laptop Indiano

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Você já imaginou comprar um laptop por apenas R$60,00? Essa realidade pode parecer distante, mas está mais perto do que você imagina: mais precisamente, na Índia. O país acaba de apresentar o simpático Sakshat, o notebook mais barato do mundo, com direito a tela sensível ao toque, que custa US$35,00 por lá.

O computador foi desenvolvido pelo Instituto Indiano de Tecnologia e Ciências. Quem apresentou o pequeno notável foi o ministro do Desenvolvimento de Recursos Humanos, Kapil Sibal. Neste primeiro momento, o laptop baratinho foi projetado para estudantes.

O note é equipado com navegador de internet, leitor de documento PDF e capacidade para videoconferência. O hardware dele foi criado com flexibilidade para incorporar novos componentes, de acordo com as necessidades do usuário. Vamos torcer para essa moda pegar!

Retirado do jornal Extra On Line de 27/07/2010.

Opinião:

Nota-se, claramente, que o governo indiano está no rumo certo, investindo em tecnologia para a educação. Somos sabedores que o país que investe em ciência e educação deve-se preparar para colher bons frutos no futuro. O progresso é inevitavél. Será que o Brasil vai ficar para trás?

O que me intriga é como o nosso governo ainda não pensou nisso e não investiu pesadamente nessas áreas. Bem verdade, que nos últimos anos, houve um investimento sensível nas mesmas, porém ainda muito tímidas perto do que necessitamos. Os nossos melhores cientista ainda se evadem para outros países onde podem progredir profissionalmente, não encontrando o espaço justo no seu país de origem.

Na educação, estamos vendo uma enorme precariedade: poucas escolas públicas, baixos salários para os profissionais da educação, violência nas salas de aulas, ausência de planejamento para a melhoria do ensino fundamental, médio e superior. Houve um investimento em avaliações das qualidades das instituições de ensinos públicos e particulares, além de incentivo nas áreas técnicas e de nível superior, porém o ensino fundamental foi esquecido, a ponto de no Rio de Janeiro ser adotado a aprovação automática, gerando uma enorme deficiência no conhecimento adquirido pelos nossos filhos que estudam nas escolas públicas.

Como pai, acompanhei a dificuldade do meu filho quando ele reclamava da ausência de professores nas salas de aulas e da não reposição das mesmas, gerando deficiência de conhecimento em sua instrução. Por várias vezes conversei com diretoras que me explicavam que quando um professor faltava por motivo de doença ou outro motivo importante, não havia professores para substituí-lo. Conversando com vários professores, descobri que devido aos baixos salários, muitos professores eram obrigados a aumentarem a sua carga de aulas em outras instituições e ficavam doentes pelo excesso de trabalho. Os que não faziam isso e investiam apenas na escola pública, passavam por dificuldades em casa.

Bem, o que me intriga muito é porque elegemos um cidadão para nos representar nas esferas governamentais e melhorar a educação e, acontece justamente o oposto. Vemos pouco investimento na área e em soluções para os problemas existentes.

Nos resta somente torcer para que haja uma conscientização dos nossos administradores públicos, em relação a um investimento maior em qualidade de ensino, afinal, ela é a base necessária para o desenvolvimento de um país que deseja ser um referencial para o mundo.
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